sábado, 25 de novembro de 2023

PAPADO: O reinado do anticristo - Sola Scriptura 4

PAPADO: O reinado do anticristo - Qual é a história dos papas da igreja católica? O termo “papa” é de criação humana e não divina, pois a Bíblia claramente estabelece na igreja apóstolos, pastores, bispos, diáconos, evangelistas, professores e presbíteros (anciãos), não “padres” ou “papas”. Alguns bispos, no entanto, começaram a ser chamados honorificamente de papas. Não era um termo utilizado apenas para o bispo de Roma, e não havia apenas um papa. Se alguém era papa, não era considerado como o chefe de toda a igreja, pois obviamente Jesus é o chefe, o cabeça da igreja. No entanto, com a proeminência política de Roma sobre as demais cidades no império romano, o bispo de Roma começou a ser considerado como o líder principal do cristianismo ocidental, enquanto o bispo de Constantinopla, por seu turno, passou a ser o líder proeminente do cristianismo oriental, embora nunca tenha pretendido ser o "substituto de Cristo", como hereticamente faz o papa a partir do papado medieval, o que fomentou a idolatria católica. As igrejas oriental e ocidental, no entanto, foram se afastando uma da outra, até que houve o rompimento com o cisma do oriente. O bispo de Roma foi ganhando com o passar do tempo cada vez mais poderes, seja pelas circunstâncias históricas, seja por auto atribuição, seja por invenções de concílios que buscavam magnificar a criatura ao invés do criador. O status religioso do papa também foi aumentando, começou a ser chamado de “substituto de Pedro”, até que o Papa Inocêncio III começou a se autoproclamar como o “substituto de Cristo”. A figura do papa foi tão exaltada a ponto de este se declarar abertamente como alguém que ocupa na terra o lugar do Deus Todo Poderoso! Tornou-se forte tradição humana pessoas se ajoelharem para aquele que chamam de “santo pai”, o papa, para beijarem sua mão, dispensando ao simples mortal a honra que é devida apenas Deus. Por outro lado, vemos declarações como a de Catarina de Siena, segundo a qual, “mesmo que papa fosse satanás encarnado, não deveríamos levantar nossa cabeça contra ele, mas calmamente nos deitar para descansar no seu peito. Aquele que se rebela contra o nosso pai está condenado à morte, pois aquilo que fazemos a ele, fazemos a Cristo. Nós honramos Cristo se nós honramos o papa”. Ou seja, o papa passou a ser pura e simplesmente idolatrado. Recebeu glória devida somente a Deus. Contra esse sistema papista, se levantaram de dentro da igreja romana os reformadores do santo movimento de avivamento da Reforma Protestante, que reconheceram na figura do papado a clara manifestação do anticristo, lembrando que “anti” quer dizer “contra”, mas também “no lugar de ”. Ou seja, o papado, que coloca um simples mortal no lugar de Deus, é um sistema infernal e idólatra do anticristo. Vale lembrar que o anticristo é aquele que iria modificar os mandamentos de Deus, segundo a profecia do livro de Daniel: "E ele falará grandes palavras contra o Altíssimo, e irá consumir os santos do Altíssimo, e intentará mudar tempos e leis;" (Daniel 7.25 - BKJ). Da mesma forma, este sistema do papado substitui os mandamento bíblicos pelos mandamentos da tradição religiosa, mandamentos humanos criados pelos próprios papas, e mandamentos humanos que são endossados pelos papas.

 

A palavra de Deus ensina que apenas Deus é o Santo Pai. Jesus é o cabeça da igreja. Jesus é o legislador da fé. Jesus é o nosso sumo sacerdote. O Senhor é a nossa rocha e não há outra além dele. Apenas Jesus é o Salvador. Apenas Jesus é o intermediário entre nós e o Pai. Apenas a Deus e a sua Palavra são infalíveis. Não se pode falar em substituto de Cristo, senão para o Espírito Santo de Deus. Ao papado, no entanto, é atribuída toda essa glória que é exclusiva de Deus. Por isso, embora não se possa dizer que o anticristo se resume ao papado, está claro que o papado é o reinado do anticristo: "Ninguém vos engane de maneira alguma, pois aquele dia não virá sem que primeiro venha a apostasia e que o homem do pecado seja revelado, o filho da perdição. O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de modo que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus." (2 Tessalonicenses 2.3,4 - BKJ).

 

(capítulos anteriores):

 

SOLA SCRIPTURA 1 - O Eclipse das Escrituras Sagradas: https://www.youtube.com/watch?v=PCcQU2GrFqM&list=PLz4ntYxiakjlF3XlTxBEYukXEF8II8yUj&index=1

 

SOLA SCRIPTURA 2 - Tradição Religiosa versus Sola Scriptura:

https://www.youtube.com/watch?v=bSgD2kI65VE&list=PLz4ntYxiakjlF3XlTxBEYukXEF8II8yUj&index=2

 

A AURORA DA REFORMA PROTESTANTE - Sola Scriptura 3: https://www.youtube.com/watch?v=HW0vT9HZ5RQ

 

(próximo capítulo):

SOLA SCRIPTURA 5 - As 95 teses de Lutero contra a venda de indulgências

 

Acesse a playlist completa "Sola Scriptura":

https://www.youtube.com/playlist?list=PLz4ntYxiakjlF3XlTxBEYukXEF8II8yUj

 

Assista a série completa #solascriptura no canal #aguasmaisprofundas


sexta-feira, 10 de novembro de 2023

A AURORA DA REFORMA PROTESTANTE - Sola Scriptura 3

A Aurora da Reforma Protestante - O papa Inocêncio III, o papa mais poderoso da história da igreja católica, em 1199 escreveu uma carta para a diocese de Metz declarando o seguinte "como, pela antiga lei, as bestas que tocassem o monte santo deveriam ser apedrejadas até a morte, homens simples e sem educação não deveriam tocar a Bíblia, ou se aventurar a pregar as suas doutrinas". Esse escrito estava de acordo com a doutrina católica da época, que proibia a tradução do latim, uma língua morta conhecida e usada por poucos, para o vernáculo, a língua do povo. Também se proibia que os leigos tivessem acesso à Bíblia, ainda que houvesse alguém que soubesse ler o latim. Ao se prender a palavra de Deus sob o monopólio eclesiástico, dava-se à igreja um poder exacerbado. Como resistência contra o monopólio da Bíblia pela igreja, começaram a se levantar os reformadores, precursores da reforma protestante do século XVI. Na Inglaterra, no século XIV, desponta como grande reformador John Wycliffe (1320 - 1384), expoente do movimento dos lollardos, traduzindo a Bíblia para o inglês. Esse evento ficou conhecido como a "Aurora da Reforma Protestante", que eclodiria dois séculos depois a partir de Martin Luther (ou Martinho Lutero) na Alemanha. "Com o passar dos anos, Wycliffe enfatizou cada vez mais a autoridade das Escrituras em detrimento da do papa e da tradição eclesiástica. Ele concordava com o que Tertuliano escrevera, de que as Escrituras pertencem à igreja, e por isso devem ser interpretadas dentro dela e por ela, mas não concordava que a igreja era a hierarquia eclesiástica. Acompanhando Agostinho, e baseando-se em textos do apóstolo Paulo, ele chegou à conclusão de que a igreja era o conjunto de predestinados. A verdadeira igreja é invisível, pois na visível e institucional há perdidos ao lado dos que foram predestinados para a salvação. Isso está claro, porque, apesar de ser impossível saber com exatidão quem pertence a cada grupo, há indícios que podemos seguir, como a obediência à vontade de Deus. Com base nesses indícios, podemos dizer com certeza que há muitos perdidos da hierarquia da igreja, que não fazem parte da verdadeira igreja, e aos quais, portanto, as Escrituras não pertencem. Até o fim de seus dias, Wycliffe afirmou que o papa era um desses perdidos, e chegou a chamá-lo de anticristo. Se a verdadeira igreja é composta de predestinados, e não de poderosos eclesiásticos, e se as Escrituras pertencem a essa igreja, conclui-se que é necessário traduzir a Bíblia ao vernáculo, à língua comum do povo, devolvendo-a assim a este. As doutrinas de Wycliffe tiveram sua expressão no movimento dos “lollardos” – termo pejorativo que seus inimigos lhes aplicavam e que deriva de uma palavra holandesa que quer dizer “murmuradores”." (GONZÁLEZ, Justo G. História Ilustrada do Cristianismo, volume 1).

 

00:13 - A proibição de leitura da Bíblia pela igreja

01:26 - A tradução da Bíblia realizada por John Wycliffe e os Lollardos

02:03 - A aplicação personalizada da Bíblia (Luciano Subirá)

05:39 - A necessidade da ação do Espírito Santo na leitura da Bíblia (Paulo Junior)

12:18 - John Wycliffe comissiona os lollardos

19:29 - O índex dos livros proibidos (index librorum prohibitorum) da igreja católica romana

19:49 - Como entender a mensagem bíblica e receber direcionamento vivo através das Escrituras Sagradas (Paschoal Piragine)

 

Havia um pretexto usado para que os líderes da igreja proibissem o povo de ler a Bíblia: dizia-se que as pessoas não tinham capacidade de entender as Escrituras Sagradas:

 

"A experiência tem mostrado que, se for permitida a leitura da Bíblia na língua comum indiscriminadamente, mais dano será causado com isto do que bem, devido à imprudência dos homens". (Índex dos Livros Proibidos publicado pelo papa Pio IV - 1564)

 

Esse foi um ato da contrareforma, ou seja, uma reação da igreja católica contra a Reforma Protestante.

 

No entanto, embora seja verdade que muitos distorcem a verdade do texto sagrado, os maiores abusos e distorções ocorreram justamente pela retirada da Bíblia das mãos do povo. E esses abusos ocorreram justamente por parte dos líderes eclesiásticos. Podemos ler, entender, e aplicar os princípios das Escrituras Sagradas em nossas vidas porque o mesmo Espírito Santo que escreveu a Bíblia habita nos crentes e lhes ensina as verdades da Palavra de Deus.

 

Assista também:

 

(capítulos anteriores):

 

SOLA SCRIPTURA 1 - O Eclipse das Escrituras Sagradas: https://www.youtube.com/watch?v=PCcQU2GrFqM&list=PLz4ntYxiakjlF3XlTxBEYukXEF8II8yUj&index=1

 

SOLA SCRIPTURA 2 - Tradição Religiosa versus Sola Scriptura:

https://www.youtube.com/watch?v=bSgD2kI65VE&list=PLz4ntYxiakjlF3XlTxBEYukXEF8II8yUj&index=2

 

(próximo capítulo):

SOLA SCRIPTURA 4

 

Acesse a playlist completa "Sola Scriptura":

https://www.youtube.com/playlist?list=PLz4ntYxiakjlF3XlTxBEYukXEF8II8yUj

 

Assista a série completa #solascriptura no canal #aguasmaisprofundas


sábado, 4 de novembro de 2023

SOLA SCRIPTURA 2 - Tradição Religiosa versus Sola Scriptura

SOLA SCRIPTURA 2 - Tradição Religiosa versus Sola Scriptura. Qual a base bíblica do princípio Sola Scriptura? Várias passagens bíblicas o demonstram: * Isaías 8.20 - ACF: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles." Ainda é o caso dos bereanos, cuja ação de filtrar todo ensino religioso pela doutrina bíblica é descrita como um ato nobre: * Atos 17.10-11 - ARA: "E logo, durante a noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Bereia; ali, chegados, dirigiram-se à sinagoga dos judeus. Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." 1 Coríntios nos ensina, ainda, a necessidade de a prática de fé não ultrapassar a Escritura, inventando-se doutrinas humanas: * 1 Coríntios 4.5 - NAA: "Meus irmãos, apliquei estas coisas figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por causa de vocês, para que por nosso exemplo vocês aprendam isto: “Não ultrapassem o que está escrito”,". * 2 Timóteo 3.16 - NAA nos ensina que: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Nessa passagem, está claro que "toda Escritura" faz com que o servo de Deus seja PERFEITO. Logo, se a admitíssemos doutrina adicional à doutrina bíblica, cometeríamos o erro de admitir uma doutrina a fazer o servo de Deus cresse além da perfeição. Pelo contrário, não havendo espaço para crescimento espiritual além da perfeição, não há espaço para doutrinas de fé além das doutrinas bíblicas. * Apocalipse 22.18 (ACF): "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;" Note que nesta passagem está não apenas uma advertência de que não devemos alterar o texto bíblico. A Palavra diz claramente que não se deve adicionar nada às Palavras da Bíblia, ou seja, nenhuma tradição humana deve ser acrescentada à Escritura. Sabemos que "Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos." (João 21.25 - NAA). Logo, é claro que Deus não fala apenas através da Bíblia. No entanto, a mesma Bíblia que ensina isso, claramente ensina que APENAS NA BÍBLIA está a DOUTRINA cristã, a regra de fé e prática cristã (Sola Scriptura), conforme versículos acima. Por outro lado, vemos claramente que Jesus firmemente rejeitou a tradição religiosa como fonte de doutrina: * Mateus 15.1-9 (NAA): "Então alguns fariseus e escribas vieram de Jerusalém até Jesus e perguntaram: — Por que os seus discípulos transgridem a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. Jesus, porém, lhes respondeu: — Por que também vocês transgridem o mandamento de Deus, por causa da tradição de vocês? Porque Deus disse: “Honre o seu pai e a sua mãe.” E: “Quem maldisser o seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.” Vocês, porém, dizem que, se alguém disser ao seu pai ou à sua mãe: “A ajuda que você poderia receber de mim é oferta ao Senhor”, esse não precisará mais honrar os seus pais. E, assim, vocês invalidam a palavra de Deus, por causa da tradição de vocês. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a respeito de vocês, dizendo: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos humanos.” Várias tradições foram sendo criadas ao longo dos séculos, contrariando claramente os ensinos bíblicos. Acompanhe nesse vídeo a fase inicial da Reforma religiosa dos lollardos liderada por John Wycliffe, precursor da Reforma Protestante. 00:15 Martin Lutero chega a Wittenberg 04:15 O reformador John Wycliffe da Inglaterra 18:18 As origens das tradições católicas 22:54 A doutrina da veneração de santos e de imagens 55:52 A doutrina das penitências 56:11 A doutrina das rezas e do terço 01:14:16 A doutrina do purgatório 01:26:22 A doutrina da transubstanciação 01:36:38 A base bíblica para o princípio Sola Scriptura Assista também: (capítulo anterior): SOLA SCRIPTURA 1 - O Eclipse das Escrituras Sagradas: https://www.youtube.com/watch?v=PCcQU... (próximo capítulo): SOLA SCRIPTURA 3 - A Aurora da Reforma Protestante Assista a série completa #solascriptura no canal #aguasmaisprofundas




terça-feira, 31 de outubro de 2023

SOLA SCRIPTURA 1 - O Eclipse das Escrituras Sagradas

 SOLA SCRIPTURA 1 - O Eclipse das Escrituras Sagradas (a era das trevas) - Em 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martin Luther (conhecido em português como Martinho Lutero), prega suas 95 teses contra a venda das indulgências na porta da catedral de Wittenberg. Trata-se de dia histórico para a reforma da igreja, que pode ser sintetizada nas fórmulas das 5 solas: Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Solus Christus e Soli Deo Gloria. Naquela época, o cenário social europeu que precedeu a Reforma Protestante era caótico: "Em meados do século XIV, houve um crescimento extraordinário na urbanização, atraindo desesperados às cidades. Por volta do ano de 1320, quase todo o norte da Europa estava sofrendo de fome, precipitada e disseminada por uma série de safras perdidas em decorrência de um clima excepcionalmente ruim." Havia "sucessivas enchentes, invernos rigorosos e secas severas. Rios pareciam transbordar com terrível regularidade, varrendo pontes, colheitas e pessoas; invernos severos congelavam rios, vinhas e animais. No verão, o calor queimava grãos de cereal e secava poços. Fraca e malnutrida, a população foi atingida por surtos de febre tifoide e, em seguida, pela terrível Peste negra em suas manifestações de peste bubônica, pneumônica e septicêmica. A propagação da peste pela Europa foi facilitada pelas melhorias nas frotas mercantes italianas, que permitiram aos navios transportar, com rapidez, uma carga mortal e clandestina de ratos, portadores de pulgas transmissoras da peste. Originada no Leste da Ásia, a peste chegou à Sicília em outubro de 1347 pelos navios de Gênova, viajou rapidamente pela Itália, infestou o sul da Alemanha na primavera de 1348 e, por volta de junho do mesmo ano, a Inglaterra. Uma vez infectados, indivíduos transmitiam a forma pneumônica da doença por intermédio de tosses e espirros, inalados por outros. Furúnculos grandes e extremamente dolorosos, acompanhados por manchas negras por causa do sangramento embaixo da pele, anunciando o prelúdio para o estágio final de tosses violentas de sangue. "Toda substância que transpirasse do corpo de pessoas contagiadas pela peste deixava um odor insuportável: suor, excremento, saliva e respiração tão fétidos que chegavam a ser insuportáveis; a urina era túrbida e espessa, escura ou vermelha". Familiares e amigos abandonavam o adoentado, deixando-o morrer sozinho e em agonia. No fim do século XV, apareceu a sífilis no continente como outra grande doença epidêmica. A morte, nunca distante da mente das pessoas, era aguçada existencialmente pela convicção de que tais doenças sinalizavam o julgamento de Deus sobre uma humanidade pecadora. Diversas vezes houve pânico, comportamento bizarro e projeção de culpa e medo em outros. Movimentos de flagelação se engajavam em penitências sangrentas em prol de pecados pessoais e coletivos, tidos como causadores da peste. Membros do movimento se flagelavam três vezes ao dia. Ironicamente, hordas de seguidores atraídos pela procissão ajudavam a espalhar a peste. O povo também intercedia ao santos, principalmente Roque e Sebastião, em busca de proteção contra a peste. A peste era vista por alguns como um complô judaico. O medo estimulou o preconceito; como consequência, milhares de judeus foram assassinados na Europa. Como se desastres naturais não fossem o suficiente, a comunidade humana conseguiu criar sua própria peste de guerras; uma expressão prolongada dessa criação é a Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453). Revoltas camponesas também eram motivo de destruição e obstrução da vida econômica e social" (LINDBERG, Carter. História da Reforma. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017). Em meio a este cenário, vemos que a religião cristã foi sendo transformada gradualmente pela criação de doutrinas humanas, que passaram a substituir a Palavra bíblica. A Bíblia estava presa no latim, que havia se tornado uma língua morta acessível a uma mínima parte da população. Por outro lado, mesmo aqueles que conhecessem o latim não tinham acesso à Bíblia, a não ser que fossem clérigos, o que pode ser visto, por exemplo, nos seguintes concílios da igreja católica:

CONCÍLIO DE TOULOUSE, 1229: "Cânone 14. Nós proibimos também que aos leigos seja permitido ter os livros do Velho e do Novo Testamento".

CONCÍLIO DE TARRAGONA, 1233: "Ninguém deve ter os livros do Antigo ou Novo Testamento no idioma nacional. Se tiverem (...), eles devem entregar os livros para seu bispo para serem queimados".

CONCÍLIO DE BÉZIERS, 1246: "Leigos não deverão ter livros teológicos nem mesmo em latim, clérigos não deverão ter livros teológicos na linguagem vulgar".

Esse cenário marca a "Era das Trevas", um grande período histórico de grande obscurantismo pela falta de acesso à Palavra de Deus: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;" (Oséias 4.6 - ACF) Na sequência, assista SOLA SCRIPTURA 2 - Tradição religiosa versus Sola Scriptura Assista a série completa #solascriptura no canal #aguasmaisprofundas

  Assista a série completa #solascriptura no canal #aguasmaisprofundas

domingo, 13 de março de 2022

Águas Mais Profundas | Paschoal Piragine

Paschoal Piragine - Águas Mais Profundas: Lucas 5 - "1. Certo dia Jesus estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados para ouvir a palavra de Deus. 2. Viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que estavam lavando as suas redes. 3. Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu- lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou- se, e do barco ensinava o povo. 4. Tendo acabado de falar, disse a Simão: “Vá para onde as águas são mais fundas”, e a todos: “Lancem as redes para a pesca”. 5. Simão respondeu: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. 6. Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixes que as redes começaram a rasgar- se. 7. Então fizeram sinais a seus companheiros no outro barco, para que viessem ajudá-los; e eles vieram e encheram ambos os barcos, ao ponto de começarem a afundar. 8. Quando Simão Pedro viu isso, prostrou- se aos pés de Jesus e disse: “Afasta- te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador!” 9. Pois ele e todos os seus companheiros estavam perplexos com a pesca que haviam feito, 10. como também Tiago e João, os filhos de Zebedeu, sócios de Simão. Jesus disse a Simão: “Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens”. 11. Eles então arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e o seguiram." (Lucas 5.1-11 NVI)

 

Tradução da Bíblia King James Atualizada: "Assim que acabou de ministrar, dirigiu-se a Simão e aos demais, e lhes pediu: “Ide para onde as águas são mais profundas e lançai as vossas redes para a pesca!”" (Lucas 5.4)

 

Deus tem muitas maneiras de falar conosco. Uma delas é quando uma palavra ou frase se destaca no texto bíblico. Já li diversas vezes este texto, mas tenho que confessar que não me lembrava da expressão: “Vá para onde as águas são mais profundas”. Quando li esta expressão meu coração desacelerou, parecia que o meu Senhor desejava me ensinar algo. E é sobre o que aprendi com Ele que desejo falar hoje. Quais são as lições destas águas mais profundas.

 

00:00 - A PESCA MARAVILHOSA - Lucas 5 - Paschoal Piragine

02:08 - Oração

 

03:07 - I. O EXTRAORDINÁRIO DA GRAÇA NÃO OCORRE NAS MARGENS, MAS NAS ÁGUAS MAIS PROFUNDAS DA FÉ - Por que Jesus mandou Pedro às águas mais profundas? Porque é impossível pescar um cardume à beira da margem. O extraordinário da graça de Deus não ocorre nas margens, mas nas águas mais profundas do nosso relacionamento de fé. Jesus sempre nos encontra onde estamos. Ele vai até a margem. Ele se convida a entrar em nosso barquinho. Ele pede que nos afastemos um pouco mais. Mas chega o momento quando somos desafiados pelo Espírito Santo a nos aventurarmos com ele e sob o comando dele às águas mais profundas. Jesus tinha mais para Pedro do que peixes, ele iria convidá-lo a ser um de seus discípulos, um pescador de homens. Mas ele não conseguiria navegar a estas águas mais profundas da fé se não vivesse a experiência da pesca maravilhosa. Era um desafio a experimentar as águas profundas da fé. Enquanto eu lia, entendi o que o Senhor me falava. Filho, eu estou te convidando a navegar comigo nas águas profundas, a entrar na dinâmica do meu propósito que é muito maior do que você pode imaginar. Mas descobri que este não é um desejo exclusivo para mim. Este é o convite do nosso Senhor a cada um de nós. Hoje Jesus te convida a navegar pelas águas profundas com ele. Você está disposto a ir?

 

15:12 - II. O EXTRAORDINÁRIO OCORRE QUANDO SUPERAMOS O QUE NOS IMPEDE DE OBEDECER A DEUS - Jesus disse a Pedro: “Vá para onde as águas são mais profundas”, e a todos: “Lancem as redes para a pesca”. Quando Pedro ouviu, ele precisou vencer alguns obstáculos interiores. Pedro poderia ter pensado: já gastamos uma noite inteira tentando pescar justamente nas águas profundas. Mas havia uma grande diferença entre suas experiências passadas e o momento singular que ele estava vivendo. A diferença era a presença de Jesus no barco e aquele era o tempo da graça para Pedro.

 

38:19 - III. AS BÊNÇÃOS DE JESUS SOBRE NÓS ABENÇOAM AS PESSOAS AO NOSSO REDOR - As bênçãos advindas da nossa fé são tão ricas que outros ao nosso redor são abençoados pela graça derramada. Até os sócios que estavam à margem se aventuraram às águas mais profundas por causa do tamanho da bênção. Assim é a nossa caminhada com Deus.

 

49:44 - IV. AS ÁGUAS MAIS PROFUNDAS NOS LEVAM A ENTENDER QUEM É O SENHOR DE TODA A BÊNÇÃO - Os peixes que pareciam ser o centro da história são abandonados junto com os barcos na praia! Tudo aquilo não tinha mais significado diante da honra de poder seguir Jesus, servir Jesus, ouvir Jesus, ser sustentado por Jesus, ser totalmente de Jesus. A maior lição não era a bênção de um cardume de peixes, mas de conhecer o Senhor e ser convidado por ele para ser seu servo. Quando descobrimos isto podemos deixar tudo, pois Jesus vale mais.

 

Para mais pregações de #PaschoalPiragine inscreva-se no canal #aguasmaisprofundas


domingo, 21 de novembro de 2021

LEVANTANDO A ALMA

LEVANTANDO A ALMA: Mais de uma vez vemos nas orações dos Salmos menções em que o salmista afirma que “levanta a alma” a Deus: “A ti, SENHOR, levanto a minha alma.” (Salmos 25:1 - ACF). “Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, levanto a minha alma.” (Salmos 86:4 - ACF). “Faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma.” (Salmos 143:8 - ACF). Devemos lembrar o significado de “alma”. Nestas passagens em hebraico do Antigo Testamento, “alma” é a tradução de “nephesh” (נֶפֶשׁ), que significa as emoções, paixões e desejos do ser humano. Nestas passagens, portanto, vemos que as orações são melhores quando são feitas com sentimento, quando vêm da alma. Essa é a diferença entre fazer uma oração formal e uma “fervente oração”. No Salmo 103, o salmista convoca sua alma e tudo o que nele há para louvar a Deus: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.” (Salmos 103:1 - ACF). Ou seja, não se trata de orar apenas com o intelecto. A oração é melhor se feita com o intelecto e com a alma – tudo o que há em você, não apenas parte do que há em você. Da mesma forma o profeta Jeremias nos convoca a levantarmos nossos corações em oração: “Levantemos os nossos corações com as mãos para Deus nos céus” (Lamentações 3:41 - ACF). O profeta invocou a Deus desde a mais profunda masmorra, mas também do profundo do coração, então Deus lhe respondeu e interviu a favor de Jeremias: “Invoquei o teu nome, Senhor, desde a mais profunda masmorra. Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor. Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas. Pleiteaste, Senhor, as causas da minha alma, remiste a minha vida.” (Lamentações 3:55-58 - ACF). Lembre-se do rei Acabe, que cometeu diversas abominações: “Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor” (1 Reis 21:25 - ACF). Porém quando Acabe ouviu a severa repreensão de Deus por meio do profeta Elias, de sinceridade de alma se humilhou perante Deus. E diante dessa atitude de alma, até mesmo Acabe recebeu de Deus uma bênção (parte do castigo foi postergado para após a sua morte): “Não viste que Acabe se humilha perante mim? Por isso, porquanto se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho o trarei sobre a sua casa.” (1 Reis 21:29 - ACF). Por isso nossas orações não deveriam ter pedidos e agradecimentos que fazemos apenas porque entendemos que devemos fazê-los. A oração não deve envolver apenas parte do teu ser. “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.” (Mateus 22:37,38 - ACF). Ao invés de fazer orações apenas com o teu pensamento, faça orações com o todo o teu pensamento, toda a tua alma e todo coração. Seja intenso e intencional como Jesus: “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.” (Lucas 22:44 - ACF). Ore com tudo o que há em você: “Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” (Jeremias 29:12,13 - ACF). Lembre-se que Jesus ensinou a orar fechando a porta: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:6 - ACF). Quando for orar, feche a porta para as distrações que te dividem, que fazem com que você esteja focado em outras coisas que não na presença de Deus e que não permitem que você esteja inteiro na oração. Lembre-se de recrutar a tua alma, que é o lugar onde residem os sentimentos. Há sabedoria no hino tradicional “Em Fervente Oração”: “Em fervente oração, vem o teu coração Na presença de Deus derramar! Mas só podes fruir o que estás a pedir, Quando tudo deixares no Altar. Quando tudo perante o Senhor estiver, E todo o teu ser Ele controlar, Só, então, hás de ver que o Senhor tem poder, Quando tudo deixares no Altar. Maravilhas de amor te fará o Senhor. Atendendo à oração que aceitar. Seu imenso poder, te virá socorrer, Quando tudo deixares no Altar. Se orares, porém, sem o teu coração Ter a paz que o Senhor pode dar, Foi por Deus não Sentir que tua alma se abriu, Tudo, tudo, deixando no Altar.” É algo bom começar a oração glorificando a Deus: “E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Lucas 11:2 - ACF). Também é bom começar a oração cantando louvores a Deus. Conforme ensina Apocalipse, orações (simbolizadas pelas taças cheias de incenso) e louvor (simbolizado pelas harpas) andam juntos: “Os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos se prostraram diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e cantavam um cântico novo” (Apocalipse 5:8,9 - NAA). Esta passagem está vinculada com o Antigo Testamento pelo Salmo 33, no qual o salmista vincula a harpa ao louvor e faz uma convocação a cantar o cântico novo: “Louvai ao Senhor com harpa, cantai a ele com o saltério e um instrumento de dez cordas. Cantai-lhe um cântico novo” (Salmos 33:2,3 - ACF). A psicologia descobriu que a música evoca as emoções. Ou seja, também através do louvor é possível se elevar a alma. Essa é uma das razões pelas quais o louvor é importante para cultuar a Deus. Veja que nesse envolvimento da alma na adoração, Deus habita entre os louvores: “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.” (Salmos 22:3 - ACF). Também por causa do envolvimento da alma com o louvor, Deus mandou o povo de Israel aprender um cântico que, quando cantado, invocaria na alma a palavra profética do Senhor: “— Escrevam para vocês este cântico e tratem de ensiná-lo aos filhos de Israel. Ponham este cântico na boca de cada um deles, para que me seja por testemunha contra os filhos de Israel.” (Deuteronômio 31:19 - NAA). Até mesmo Jesus e os discípulos cantaram um hino na última ceia, momentos antes de Jesus ser preso para ser crucificado: “E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.” (Mateus 26:30 - ACF). Na sequência, Jesus vai orar e manda os seus discípulos orarem também para receberem fortalecimento espiritual: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41 - ACF). Portanto, para oração, lembre-se: prioridade a cada dia, fé crescente, alma em intensidade, louvor contínuo e amor verdadeiro: “Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei.” (Salmos 91:14 – ACF).

- Hino "Em Fervente Oração": https://www.youtube.com/watch?v=YHt8OIKdBTc

- Playlist de louvores de adoração: https://www.youtube.com/playlist...

- Hino "Doce Nome": https://www.youtube.com/watch?v=DA-J-TiuV_U&t=156s

- Hino "É Tua Graça": https://www.youtube.com/watch?v=fDpDHLt6HwA

- Hino "Agnus Dei": https://www.youtube.com/watch?v=KKntBOfwJ08

- Hino "Me Leva Onde Eu Possa Ouvir Tua Voz": https://www.youtube.com/watch?v=cKCUwJm5mbk

- Hino "Em Espírito, Em Verdade": https://www.youtube.com/watch?v=XjsQexEo-Xk

- Hino "Rendido Estou": https://www.youtube.com/watch?v=kBNuoQ8LjvI

- Hino "Me Rendo a Ti": https://www.youtube.com/watch?v=JPJhsMlxDtU

- Hino "Quebrantado": https://www.youtube.com/watch?v=byg1WD_TOQM

- Hino "Traz-me Junto a Ti": https://www.youtube.com/watch?v=moD2srXAhzg

sábado, 8 de maio de 2021

Por que Deus nos abandonou?

Se Deus é conosco, se o Senhor é por nós, se o Senhor é o nosso Deus, então por que tudo isso está acontecendo conosco? O Senhor é por nós? Esta é uma mensagem de Paschoal Piragine. Deus está trabalhando um coração decepcionado para trabalhar uma nova experiência com o Senhor. No começo da história de Gideão, vemos Gideão no cantinho dele e decepcionado com Deus: "Então o anjo do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: "O Senhor está com você, poderoso guerreiro". "Ah, Senhor", Gideão respondeu, "se o Senhor está conosco, por que aconteceu tudo isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos pais nos contam quando dizem: ‘Não foi o Senhor que nos tirou do Egito? ’ Mas agora o Senhor nos abandonou e nos entregou nas mãos de Midiã"." (Juízes 6:12,13) Gideão faz três perguntas para Deus que expressam a sua decepção. A primeira pergunta foi: Se o Senhor é conosco, por que tudo isso está acontecendo conosco? Nas cavernas da vida, perguntamos por que Deus deixou tudo isso acontecer na nossa vida. Mas nas cavernas da vida o Espírito Santo nos visita. Nós temos grande dificuldade de entender os processos de Deus na nossa vida. A segunda pergunta de Gideão e que reflete a sua decepção está na expressão "onde estão todas as suas maravilhas?" Onde estão os milagres de Deus? Você já se sentiu como Gideão, dando trombadas nas vidas, às vezes por decisão sua, às vezes por causa das decisões erradas de outras pessoas que afetam a nossa vida? O decepcionado, ainda que deseje ardentemente os milagres de Deus não crê na possibilidade dos milagres de Des na sua vida. Às vezes nós imaginamos Deus como um gênio da lâmpada. Ou às vezes imaginamos o milagre de Deus como um passe de mágica. Mas o milagre de Deus é uma expressão da presença dEle na nossa vida. O milagre não é uma coisa, mas é uma pessoa. O milagre de Deus é a expressão do Deus vivo em mim, na minha vida. E onde Deus está, os milagres dEle acontecem. Onde Ele se apresenta coisas sobrenaturais acontecem porque Ele é sobrenatural. O milagre não é uma forma de controlar Deus, mas uma forma de ser controlado plea graça dEle e de expressar a glória dEle por essa terra. Mas mesmo Gideão não sendo capaz de crer, mesmo Gideão vivendo o conflito do coração, Deus o amava, e o foi buscar na caverna da sua decepção, para buscá-lo para perto dele e fazer dele homem valoroso, homem de fé. Deus faz isso comigo e com você. Ele vai ao nosso encontro e semeia uma semente de esperança no nosso coração, e vai dialogando com nosso coração. A terceira expressão de Gideão foi: "O Senhor nos abandonou". Ficamos decepcionados com Deus por ter a nossa perspectiva distorcida. Quem abandonou quem? O problema é que a nossa perspectiva fica entenebrecida pela nossa dor. Gideão não sabia ainda que esse era o anjo do Senhor, ele só vai saber no final do texto quando ele se assusta. Ele imagina que está conversando com alguém sobre as coisas de Deus, mas era o próprio Deus que estava falando com ele. Por que Deus é Aquele que tem vindo ao nosso encontro. E Ele olha para mim e para você como aquela ovelha amada e querida dEle. E Deus nos trata como um pai trata o filho. "O Senhor se voltou para ele e disse: "Com a força que você tem, vá libertar Israel das mãos de Midiã. Não sou eu quem o está enviando?" "Ah, Senhor", respondeu Gideão, "como posso libertar Israel? Meu clã é o menos importante de Manassés, e eu sou o menor da minha família". "Eu estarei com você", respondeu o Senhor, "e você derrotará todos os midianitas como se fossem um só homem". E Gideão prosseguiu: "Se de fato posso contar com o teu favor, dá-me um sinal de que és tu que está falando comigo. Peço-te que não vás embora até que eu volte e traga minha oferta e a coloque diante de ti". E o Senhor respondeu: "Esperarei até você voltar". Gideão foi para casa, preparou um cabrito, e com uma arroba de farinha fez pães sem fermento. Pôs a carne num cesto e o caldo numa panela, trouxe-os para fora e ofereceu-os a ele sob a grande árvore. E o Anjo de Deus lhe disse: "Apanhe a carne e os pães sem fermento, ponha-os sobre esta rocha e derrame o caldo". Gideão assim o fez. Com a ponta do cajado que estava em sua mão, o Anjo do Senhor tocou a carne e os pães sem fermento. Fogo subiu da rocha, consumindo a carne e os pães. E o Anjo do Senhor desapareceu." (Juízes 6:14-21) "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti". (Efésios 5:14) Este vídeo apresenta gravações da primeira e da segunda guerras mundiais. Apresenta também gravações da Alemanha após a segunda guerra mundial. Para mais mensagens como esta acesse o canal #aguasmaisprofundas